No gramofone da Libretto: Björk

Você pode até não conhecer nenhuma música, mas com certeza já ouviu falar de Björk. A cantora islandesa, conhecida por sua excentricidade, começou sua carreira musical aos 11 anos, com a gravação de seu primeiro álbum solo. A partir daí ela não parou mais: com passagens por várias bandas – Tappi Tíkarrass e The Sugarcubes sendo as mais conhecidas – até a volta à carreira solo, em 1993, Björk sempre se colocou um passo à frente das demais cantoras pop por aliar suas composições à arte, ao design, à moda e até mesmo à política.

Meu primeiro contato com Björk se deu através da música, em 2007, quando ela se preparava para lançar seu 7º álbum de estúdio – Volta. Confesso que demorei algum tempo pra me acostumar com algo tão diferente (Björk assusta e às vezes chega a incomodar) mas a partir daquele momento esteve presente nas fases mais importantes da minha vida e, passado o estranhamento inicial, tornou-se rapidamente minha cantora preferida.

O segundo contato com a cantora se deu alguns meses depois e foi através do cinema. Dancer in the Dark, escrito e dirigido pelo dinamarques Lars von Trier, é um drama musical protagonizado por Björk, que também assina a trilha sonora. O filme (bem como a atuação de Björk) foi sucesso de crítica e saiu vencedor do Festival de Cannes nas categorias de Melhor Filme e Atriz Principal. Dancer in the Dark também recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original, por “I’ve Seen It All“, escrita e interpretada pro Björk (com participação de Thom Yorke, vocalista do Radiohead). Aliás, quem não se lembra da cantora pelo tapete vermelho usando o famoso vestido de cisne e botando um ovo de ouro?

Por fim, meu terceiro contato com Björk se deu ao vivo: tive a oportunidade de conferir sua performance em sua segunda pelo Brasil, na edição curitibana do (extinto) Tim Festival, ainda em 2007. Se a cantora já me emocionava através de suas gravações, escuta-la ao vivo superou todas as minhas expectativas.

Uma quarta faceta de Björk pode ser encontrada em seus clipes. Desde o início de sua carreira ela mostrou-se preocupada em colocar produzir imagens para suas músicas da melhor forma possível, desde produções polêmicas e ousadas, até parcerias revolucionárias com Michel Gondry e, algumas vezes, a combinação desses ingredientes. Esse é o caso de “Declare Independence“, música e clipe que carregam fortes mensagens políticas.

A boa notícia é que Björk confirmou, na semana passada, uma terceira passagem por terras brasileiras. Em 11 de Maio de 2012, a islandesa desembarca no país para tocar na edição paulista de festival Sónar. Björk está em tour com seu projeto mais ousado: Biophillia, um álbum-aplicativo que mistura música, design e tecnologia. Para cada faixa do álbum foi lançado, também, um aplicativo totalmente interativo para iPad e iPhone. O mais legal é que essa abordagem audiovisual inovadora é extensiva à performance ao vivo que está por vir: uma experiência incrível e inédita no país, que promete deixar qualquer outro festival de música no chinelo.

Que venham Björk e suas experiências encantadoras, mais uma vez!

  Izabela Maia é estudante de Design Gráfico na Universidade Estadual de Minas Gerais. É apaixonada por literatura, música e gatos.

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