A convidada de hoje no nosso blog é a Laís Ferraz. A Laís é minha amiga de longa data e sempre foi uma apaixonada por música. Como boa entendedora, achei mais que justo que o post dela aqui no blog fosse uma dica bem bacana, e ela não decepcionou! O texto da Laís é o primeiro de 2011 que faz parte da série “Meu post na Libretto” e aponta músicas que ganharam ótimas versões. No final do texto, algumas outras sugestões da Libretto para completar a trilha sonora desse começo de ano. Divirta-se!
DICA DE MÚSICA: VERSÕES, por Laís Ferraz
Bom, quando o Lu falou do post aqui pro blog, ele recomendou que eu fizesse sobre música, sobre alguma coisa que eu gostasse. Aí fiquei pensando em umas bandas novas que eu conheço, uns artistas mais desconhecidos pra contar pra vocês… Só que aí lembrei de uma coisa que eu adoro quando o assunto é música: versões. Não só as acústicas, estilo MTV, mas as releituras mesmo. Alguns artistas são capazes de recriar uma música, passar uma mensagem nova, com uma letra que todo mundo já tem decoradinha na cabeça.
A primeira versão que quero indicar pra vocês é de “Boys don’t cry” do The Cure, feita por Grant Lee Phillips. A banda de rock alternativo inglês influenciada pelo estilo gótico tem estilo próprio bastante diferenciado. “Boys don’t cry“, assim como “Friday I’m in Love“, “Lovecats“, “Lullaby“, “Pictures of you” e “In Between Days“, tornaram o The Cure uma banda bastante conhecida mundialmente. Tudo isso aliado à forte figura do vocalista Robert Smith, fundador e compositor do grupo. Na original “Boys don’t cry“, o que rola é um rock animado, com a marca musical do The Cure no baixo e bateria bem marcados e o uso de guitarras e sintetizadores. Já na versão do americano Grant Lee Phillips, a música ganha calma. Ao contrário da versão original, animada e rocker, essa é leve e bem mais suave. Tocou na segunda temporada do seriado “How I Met Your Mother” (indico!).
Original (The Cure):
Versão (Grant Lee Phillips):
A segunda versão é do rock pro rock. É a versão de “Love, Reign O’er Me”, do The Who, feita pelo Pearl Jam. A música original faz parte do álbum Quadrophenia do The Who, que é um Opera Rock. O Pearl Jam gravou a versão que toca nos créditos do filme Reign Over Me (Reine Sobre Mim). A música do The Who já era ótima, ficou incrível com a cara do Pearl Jam e a voz sensacional do Eddie Vedder.
Original (The Who):
Versão (Pearl Jam):
Mudando de ritmos, essa versão é uma das que eu acho sensacionais. A doçura que Anya Marina deu a Whatever you like do rapper americano T.I. é demais. A sonoridade da versão original é típica das canções bem produzidas do atual hip hop americano. A versão da cantora americana, tem elementos pop, ou seja, ainda dá pra dançar. Mas de um jeito tão diferente. Achei brilhante.
Versão (Anya Marina):
Pra acabar, Nouvelle Vague e sua versão de Love Will Tear Us Apart do Joy Division. Na boa, Nouvelle Vague dispensa comentários. As versões deles são impecáveis e maravilhosas. Sugestões: Waves, Dance With Me, In a Maneer of Speeking, Teenage Kicks e The Killing Moon.
Versão (Nouvelle Vague):
Se você gostou e ficou querendo mais, a Laís ainda dá outras sugestões: Chris Cornell e sua versão de Black Hole Sun do Soundgarden; Pearl Jam tocando It’s Ok do Dead Moon; Eddie Vedder cantando Forever Young do Bob Dylan; Playing For Change faz versão de Stand By Me; Thiago Iorc canta My Girl; Marjorie Estiano canta Ta Hí da Carmen Miranda e Lilly Allen cantando com Keane Everybody’s Changing.
SUGESTÕES DA LIBRETTO
Por último, a Libretto também tem algumas sugestões para vocês. Falando de música internacional, uma das nossas favoritas é a verão no norte americano Jay Brannan para a conhecida música de Bob Dylan, Blowing In The Wind. No quesito música nacional, destaque para a versão leve e deliciosa que o mineiro Pedro Morais fez para Mestre Sala dos Mares, música de João Bosco eternizada na voz de Elis Regina. Para quem gosta de releituras, o último disco do Pato Fu é um prato cheio: Música de Brinquedo traz treze faixas com clássicos contemporâneos regravados utilizando somente instrumentos de brinquedo. Nossa faixa favorita do disco é Rock’n Roll Lullaby, e você pode ouvir a versão original do B.J. Thomas aqui.
E aí, gostaram? Se você quiser seu texto também pode aparecer aqui no blog da Libretto. Basta enviá-lo para contato@librettodebolso.com. Estamos aguardando!
adorei as sugestões !! muito bem lembradas e eu ainda incluiria Imagine, tocada pela banda A Pertect Circle … uma das melhores versões que já ouvi !